Relembre os 203 anos da

história de Santa Bárbara!

Em 2021, Santa Bárbara d’Oeste completa 203 anos de fundação e a Funerária Araújo - Orsola, seus 83 anos de história.


Para celebrar esses aniversários, pensamos em relembrar alguns acontecimentos da cidade e, acima de tudo, recordar histórias em que os barbarenses foram seus principais protagonistas.

O Brasão de Santa Bárbara d'Oeste:


Você conhece a origem do brasão da nossa cidade? Instituído pelo prefeito municipal em 1956 pela lei nº 223, o brasão de armas foi inspirado em sua tradição histórica, adotando a forma do escudo francês, como o escudo do reino de Portugal.


O campo é de sinople, isto é, verde. O chaveirão de ouro, além de ser as cores da Bandeira do Império, significa grande riqueza agrícola. Os arados remetem à tradição segundo a qual Santa Bárbara d’Oeste foi a primeira região brasileira em que se usou arado de metal. A espada romana do século III lembra o heroísmo e o martírio da Santa Mulher que deu nome à cidade, Dona Margarida da Graça Martins.



O escudete com a cruz da Ordem de Cristo recorda os nossos descobridores e a origem cristã de nosso povo. A roda dentada, a sua pujante indústria e os feixes de cana evidenciam a principal cultura do município. Já o dístico de prata possui a frase SANCTA BARBARA BENE JUVANTE, cuja tradução é: “Sob a boa proteção de Santa Bárbara”.

Os primórdios da nossa cidade:

Com a abertura de uma estrada de rodagem pelo sertão, em 1810, ligando a freguesia de Santo Antônio de Piracicaba à Vila de São Carlos de Campinas, descobriu-se uma região de vegetação exuberante, de terra massapé, própria para a cultura de cana-de-açúcar e de cereais, banhada por muitas águas e, dado o interesse existente, novas sesmarias foram demarcadas, não mais para serem doadas, mas vendidas, tendo em visto o sucesso quase total das anteriores.


Dentre os sesmeiros dessa região, surge o nome de Dona Margarida da Graça Martins, a única mulher na história brasileira, ao que sabemos, a tomar iniciativa de tal natureza, comprando uma sesmaria para nela estabelecer uma fazenda, montar um engenho de açúcar e formar uma povoação, que mais tarde seria a cidade de Santa Bárbara d’Oeste.


O barbarense antigo se lembrará de um casarão existente na altura do último corte, antes da reta final para a chegada à estação férrea paulista. Este local, que mantinha um estilo colonial, próprio das fazendas do Primeiro Império, tinha a volta de si muitas ruínas, talvez senzalas, galpões, casas de empregados, tulhas, paióis, um velho pomar com enormes árvores, parcialmente cobertas de trepadeiras parasitas.


Com a construção do traçado da estrada de ferro, esse lugar histórico desapareceu em benefício ao progresso. Outro vestígio do engenho da fundadora existiu onde atualmente estão instaladas as indústrias Romi S.A, tendo ainda um valado que, ia em direção a uma elevação de terra ainda com alguns mourões e muito madeirame tombado meio apodrecido.


Antigos moradores de Santa Bárbara d’Oeste ainda lembram dos seguintes recintos: Fazendo do Funil, Fazenda Cachoeira, Sítio Palossin, Fazenda Assariguama, Chácara Laudisse, Fazenda Galvão, entre outras.


*Trechos extraídos do livro Edição Histórica Santa Bárbara d'Oeste - São Paulo - Brasil (Baseados em pesquisas e trabalhos de Antônio Bruno de Oliveira; crônicas de Antônio Arruda Ribeiro; evocações históricas de Monsenhor Henrique Nicopelli; livro "Soldado, descansai" de Judith Mac Knight Jones; coordenação editorial de José Maria Crivellari) - Editora Focus.

Dona Margarida da Graça Martins:

Filha única de um sargento militar, Dona Margarida da Graça Martins constituiu um raro exemplo de pioneirismo. Em uma época onde a presença feminina ainda era muito focada em atividades voltadas ao lar, D. Margarida conseguiu o incrível feito de ser a primeira e única mulher a fundar um município brasileiro.


Tudo começou quando ela adquiriu uma sesmaria (lote de terra inculta ou abandonada). Por volta de 1817, dirigiu-se com seus filhos, parentes e escravos a fim de estabelecer uma fazenda e montar um engenho de açúcar, o que daria início à população. 


Dona Margarida doou à Cúria Paulistana terras para que fosse construída uma capela em louvor à Santa Bárbara, que foi erguida em 1818. Essa capela, dedicada à sua santa de devoção pessoal, marcou o início da fundação da cidade. Dona Margarida regulamentou que em 4 de dezembro de 1818, seria comemorada a data de inauguração da cidade de Santa Bárbara d’Oeste.


A fundadora da cidade faleceu em 13 de julho de 1864 com 81 anos e foi enterrada no Cemitério da Consolação em São Paulo. No dia 4 de dezembro de 1967, seus restos mortais foram transferidos para a Praça Cel. Luís Alves, onde permanecem até os dias atuais.

Primeiras- Atividades Industriais:

Se o primeiro quartel do século XX corresponde à implantação e afirmação das grandes usinas como alicerce Industrial do município, já o segundo quartel foi testemunha da diversificação das atividades industriais, com o aparecimento de uma incipiente indústria de máquinas agrícolas.


Em 1922, patrocinada pelo governo, tinha sido fundada por Sábato Ronsini, José Bueno Quirino, José Gabriel de Oliveira, Joaquim Azanha Galvão, Joaquim Veríssimo de Oliveira, Peregrino de Oliveira Lino e outros, a Cia. Industrial de Santa Bárbara passou, depois de regular atividade, a pertencer a outra organização representada pela firma A. Cervone & Alves Ltda., e da qual faziam parte Luiz Alves de Almeida Alberto Cervone. 


Passando a denominar-se Cia. Fiação e Tecelagem Santa Bárbara S. A., constituiu a primeira indústria têxtil de grande porte localizada em Santa Bárbara. A companhia dedicou-se à fiação e tecelagem até 1970, quando passou a operar exclusivamente no campo da fiação.


Mais estabelecimentos têxteis importantes foram posteriormente fundados, entre os quais podemos mencionar nas décadas de 40 e 50, a Têxtil Bignotto (1941), Tecelagem Jozeli, fundada por Zeno Domingues Maia (1945), Tecelagem Wiezel (1946), Henrique Cervone Têxtil (1946), Cermatex (1949), entre outros.

Pérola Byington:

De professora a fundadora de hospital. Você conhece a história dela?


Uma das fundadoras da Cruzada Pró-Infância, entidade que é considerada a maior instituição de assistência social de São Paulo e que deu origem ao Hospital Pérola Byington – Centro de Referência da Saúde da Mulher de SP, Pérola Ellis Byington nasceu em 1879 em Santa Bárbara d’Oeste (SP). Era filha de imigrantes americanos que vieram para o Brasil depois da Guerra de Secessão (1861-1865).


Mary Elisabeth Ellis, mãe de Pérola, formou as três filhas professoras. Todas atuavam em escolas públicas e foi aí que Pérola começou a enxergar as necessidades das crianças e dificuldades das mães em diversos aspectos da criação de um filho.


Quando a Primeira Guerra Mundial se iniciou, Pérola estava nos Estados Unidos com seu marido e foi responsável por uma seção na Cruz Vermelha. Ao voltar para o Brasil, se tornou diretora da Cruz Vermelha nacional e, assim, se atentou aos problemas que o país enfrentava na época. 


O direito das mulheres, ações sociais e mortalidade infantil eram assuntos pelos quais Pérola muito se interessava. Criou, junto a Maria Antonieta, a Cruzada Pró-Infância, que teve inspiração na Convenção Internacional Sobre os Direitos da Criança, que ocorreu em Genebra em 1924. Além de dirigir a instituição por 33 anos, ela também sugeriu a criação do Dia da Criança (12 de outubro) que foi adotada nacionalmente por decreto presidencial, em 1939. 


A neta de Pérola, Maria Elisa, enfatiza: “As pessoas acham que o Dia das Crianças é uma data comercial criada para a venda de brinquedos. Mas foi um trato internacional que Pérola fez para celebrar o direito das crianças”.

Eventos e outras lembranças:

Nem só de negócios vivia Santa Bárbara d'Oeste. A cidade também sempre contou com suas personalidades e eventos voltados à cultura e ao esporte.


Os passeios na Praça Central, os tradicionais bailes no Esporte Clube Barbarense e os filmes em cartaz no Cine Santa Rosa são apenas algumas das lembranças que trazem saudade a todos que tiveram o privilégio de presenciar uma época que tanto marcou a vida dos que aqui viveram.

Entrada do Cine Santa Rosa - 1962

União Agrícola Barbarense, finalista da 1ª divisão de profissionais - 1974

Homenagem aos Expedicionários Barbarenses - 1945

Lançamento do 1º veículo fabricado no Brasil: Romi Isetta - 1956

Ginástica Rítmica no Dia da Pátria

(7 de setembro) - 1986

Show de Roberto Carlos no

Cine Santa Rosa - 1960

Essas são apenas algumas das tantas recordações guardadas, com muito carinho, nesses 203 anos de nossa querida cidade e durante os 83 anos de existência e dedicação da Funerária Araújo ao povo barbarense.


Temos muito orgulho por fazer parte dessa história!

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Sinta a Nostalgia


Nostalgia é aquela sensação de saudade de um tempo vivido, de um momento especial que ficou gravado em nossa memória. Ao olhar algo, presenciar algo ou estar em algum lugar, você se lembra daquele momento único que ficou marcado.

Relembre um Acontecimento!

O tempo não para. As coisas mudam, velhos costumes são esquecidos e velhas brincadeiras se tornam apenas gostosas lembranças de uma infância feliz. Será que faremos você relembrar os bons e velhos tempos?

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